Monday, September 10, 2007

PKNL #2 :: REVISÃO DA NOITE

O segundo capítulo da Pecha Kucha Lisbon aconteceu mais uma vez no Cinearte A Barraca no passado dia 3 Setembro. Voltou a ter excelente adesão do público, esgotando mais uma vez a sala, facto que levou à inevitável improvisação de lugares no palco e nas escadas para ninguém ficar de fora.
Nesta edição, ainda mais ecléctica, houve arquitectura representada pelos e-studio com um vídeo que explorava o crescente cruzamento entre Homem e tecnologia; Pedro Catarino que apresentou diversos projectos académicos; o estúdio de Inês Lobo com uma obra de recuperação e compatibilização das novas infraestruturas com um edifício histórico; bquadrado com o seu conceito casa plug-in pronta a comprar; André Tavares, jovem arquitecto do Porto que se deslocou propositadamente à capital para partilhar os seus mais recentes projectos; e a indisciplina do Pedro Gadanho. Houve design gráfico com as práticas estabelecidas da RMAC (representada por Ricardo Mealha) e dos Dasein ; Houve design de produto com Miguel Vieira Baptista e a sua panóplia de objectos para o dia a dia e um camião; com o atelier Linha Branca e o seu modus operandi; com o Atelier Daciano da Costa que prestou uma sentida homenagem ao grande designer mentor do estúdio. Houve arte com os dispositivos mecânicos de Miguel Palma, as laboriosas esculturas de Joana Vasconcelos que usam referências da cultura popular e objectos quotidianos, as instalações rigorosas de Ricardo Jacinto que convidam à experimentação. Houve coisas estranhas como Tiago Machado que reuniu uma série de imagens dispersas da sua vida desde ícones indianos a apontamentos do avô, ou a designer de moda Lidija Kolovrat que deixou correr a imaginação partindo de vinte imagens de borras de café, sim as vulgares borras de café que se acumulam no fundo de qualquer chávena de café. Houve a desarmante simplicidade de Jucapinga, quiçá o Basquiat português, com as suas pinturas e bonecos que cruzam referências dos subúrbios urbanos e de África.. Houve os desenhos do Paint, esse belo software que vem no pacote do windows e que nunca é actualizado e tem apenas sete ou oito funções básicas mas que faz as delícias de Tomás e Aurora que desenham a duas mãos e transportam para outro nível as
limitadas capacidades do programa. Houve paisagismo vertical através do sistema inovador apresentado por Michael Hellgren. E por fim, houve calor, muito calor numa sala onde o ar condicionado deu o berro dando a origem a uma bonita coreografia de leques improvisados e uma corrida à cerveja no já clássico beer break.

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